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Rua Luís de Camões nº 33

Património Edificado

Antiga Igreja de Santo António

Não se sabe a data da sua construção, apenas se sabe que em 1699 foi visitada pelo Dr. Manuel Alves Cidade, segundo registos existentes.

A igreja foi demolida em 1960, por acordo do Pároco, Padre José Martins dos Santos, e outros entre os quais se destacou o lavrador João Brás Janeiro Rogado.

Este acordo lesou gravemente o parco património histórico e cultural de PIAS.

Optaram por esta solução quando poderiam ter optado pelo acabamento da igreja junto da Torre do Relógio ou pela construção de uma nova igreja num local mais central da povoação.

A Igreja de Santo António era de uma só nave, com coro e abóbada. Tinha altar-mor com sacrário e trono. A sacristia ficava do lado do Evangelho e era bastante ampla para servir de Cartório Paroquial e conter o arcaz, onde se guardavam as vestimentas e paramentos.

Do lado da Epístola ficava a Casa do Despacho que servia de arrecadação para os andores e outros objectos de culto.

No corpo da igreja e logo a seguir ao arco que separava este da capela-mor, havia dois altares laterais um em frente do outro, existia o baptistério, o púlpito e a entrada para o coro.

As imagens eram muitas e bonitas. Além do Orágo, Santo António, havia as do Sagrado Coração de Jesus, Santa Maria, Nossa Senhora das Dores, Senhor dos Passos, Menino Jesus, São José, São Sebastião, São João Baptista, Nossa Senhora de Lurdes, Nossa Senhora de Fátima, Santa Rita, Santa Bárbara e Santa Úrsula. Havia ainda os quadros e cruzes da Via Sacra e um quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Nova Igreja de Santo António

Depois de terem demolido a Antiga Igreja de Santo António em 1960, construíram no mesmo local a Nova Igreja de Santo António, sendo esta uma construção de linhas modernas da autoria do Arquitecto Filipe Figueiredo.

A Igreja é constituída por: uma só nave com abóbada, altar-mor, dois altares laterais, baptistério e coro, tendo ainda guarda-vento, galilé, sacristia, cartório paroquial e quintal.

A torre sineira está separada do corpo do templo.

A igreja é vedada a toda a volta, excepto pela frente onde se estende o amplo adro.

A sua edificação só foi possível graças a subsídios diversos, venda de bens da paróquia e a realização de um peditório à população em que cada cidadão foi pedido 20% dos seus rendimentos.

A Junta de Freguesia de PIAS, colaborou procedendo aos arranjos do adro e à demolição das casas circundantes, onde se incluía um edifício escolar, tendo sido construído um outro com maior capacidade que o anterior.

Ermida de Santa Luzia

A Igreja Matriz ou Ermida de Santa Luzia fica localizada na freguesia de PIAS, a cerca de 2,5 km da vila de PIAS, no Vale da Amoreira.

A Ermida tem um enquadramento rural, fica relativamente isolada da vila de PIAS. Está rodeada por terrenos agrícolas, junto ao antigo cemitério.

Esta ermida foi provavelmente construída durante a Idade Moderna, ou seja em finais do Século XV e ou principio do Século XVI, mas ao certo não se sabe a data da sua construção nem quem a mandou construir. No entanto rezam as crónicas de que, quando D. Nuno Álvares Pereira por aqui passou numa visita que fizera ao Convento do Carmo de Moura, este foi mandado parar por um grupo de pessoas do lugar, que lhe pediram ajuda para a reparação da ermida, ao que D. Nuno Álvares Pereira acedeu dando-lhes um saco de dinheiro. Pensa-se portanto que poderá ter sido D. Nuno Álvares Pereira que mandou edificar a ermida.

A ermida é constituída por uma só nave abóbadada, possuindo pilares de apoio de arco triunfal com bases e capitéis manuelinos e de uma pequena sacristia coberta por uma abóbada.

Possui também uma fachada com sineira lateral.

A ermida tinha quatro altares: Altar-mor de talha dourada, no qual estavam o Senhor Jesus, a Senhora da Assunção (Santa Maria) e Santa Luzia. Altar do Calvário com um grande Cristo crucificado. Altar de São Luís assistido do Patriarca São Francisco e da gloriosa Santa Bárbara. Altar das Santas Almas que constava da assistência de Santo André e São Miguel, tendo ao fundo uma pintura de Nossa Senhora do Carmo.

Nas paredes ainda se vêem os restos de uns frescos (que foram indevidamente caiados) representando Santo André, Nossa Senhora da Assunção e a visita de Nossa Senhora Santa Isabel. Além do antigo cemitério, hoje abandonado devido à construção de um novo junto da vila, existe ainda uma casa em ruínas que serviu de residência aos Ermitões(*).

Torre do Relógio


Torre do Relógio (Igreja de Santa Feliciana ou Igreja de Santa Maria – Salão Gimno-Desportivo)

As lutas do século passado, entre Regeneradores e Progressistas, tiveram o seu reflexo na freguesia.

Os Progressistas, nas suas campanhas, prometiam dar de aforamento algumas glebas, a desmembrar da Herdade de Cangueiros, a quem votasse neles.

Os Regeneradores, por sua vez, prometeram a construção de uma nova igreja, visto a antiga ser insuficiente para comportar o número de fiéis.

Os Viscondes das Altas Moras iniciaram a sua construção mas não a concluíram, deixando as paredes com 4 a 5 metros de altura.

A Torre foi concluída depois com um subsídio de 2 contos dados pelos referidos Viscondes e um outro dado pelo Rei D. Carlos.

A igreja seria, segundo a tradição Oral, da invocação de Santa Feliciana, em homenagem à Senhora Viscondessa, ou a Santa Maria que gozava de enorme devoção popular.

Contudo até à construção da nova Igreja de Santo António, foi a mesma conhecida pelo nome de Igreja Nova. Seria de uma só nave com capela-mor, duas capelas laterais e coro. O povo continuou a construção do templo, tendo terminado em 1891 a construção da Torre e colocado o sino e o relógio.

Quando foi adaptada a mercado, ainda lá existiam os pilares e as pedras de mármore branco, trabalhadas com caneluras e que serviriam de capitéis para suportar o arco que separaria a capela-mor da nave. As pedras foram mais tarde partidas e aproveitadas para calçada.

Em 1976, o Padre Sabino, ajudado por uma Comissão, começou a transformá-la num Salão Gimno-Desportivo.

No Verão trabalharam nessa iniciativa, jovens Holandeses Voluntários da “Obra de Construtores”. O Padre Olavo conseguiu fundos da Alemanha e Holanda.

Presentemente, graças aos esforços de uma Comissão local, encontra-se convenientemente preparada para grande reuniões e festividades.